Confira aqui a lista completa dos trabalhos que serão apresentados
Coordenação: Juliana
Melo – UnB e Marcus André Cardoso – UNIFAP
Palavras-chave: direitos,
justiça, crime, cidadania, moralidade.
O GT busca promover a articulação de pesquisas que abordem o tema da justiça, criminalidade e as formas de controle que operam sobre ela. O objetivo é estimular a discussão em torno de três eixos. O primeiro diz respeito às estratégias, reflexões e manifestações acionadas por aqueles que praticam ou praticaram atividades ilícitas ou ilegais. O segundo pretende reunir trabalhos voltados aos mecanismos de controle dessas práticas, seja em suas formas institucionais (tribunais, prisões, políticas de segurança), seja em práticas não institucionalizadas. O terceiro tem como foco o encontro entre os praticantes de atividades ilícitas ou ilegais e os mecanismos de controle da criminalidade, com atenção às variações e à dupla incitação que esse encontro produz. Privilegiaremos trabalhos resultantes de pesquisa de campo e que considerem o ponto de vista dos interlocutores, bem como buscaremos contribuir para a reflexão acerca dos dilemas éticos, morais e políticos envolvidos no campo.
O GT busca promover a articulação de pesquisas que abordem o tema da justiça, criminalidade e as formas de controle que operam sobre ela. O objetivo é estimular a discussão em torno de três eixos. O primeiro diz respeito às estratégias, reflexões e manifestações acionadas por aqueles que praticam ou praticaram atividades ilícitas ou ilegais. O segundo pretende reunir trabalhos voltados aos mecanismos de controle dessas práticas, seja em suas formas institucionais (tribunais, prisões, políticas de segurança), seja em práticas não institucionalizadas. O terceiro tem como foco o encontro entre os praticantes de atividades ilícitas ou ilegais e os mecanismos de controle da criminalidade, com atenção às variações e à dupla incitação que esse encontro produz. Privilegiaremos trabalhos resultantes de pesquisa de campo e que considerem o ponto de vista dos interlocutores, bem como buscaremos contribuir para a reflexão acerca dos dilemas éticos, morais e políticos envolvidos no campo.
Coordenação: Bruna
Angotti – UPM e Izabel Saenger Nuñez – UFF
Palavras-chave: fazeres
jurídicos, etnografia judicial, moralidades.Este grupo de trabalho pretende
reunir pesquisas que busquem analisar as práticas e as representações dos
agentes do “sistema de justiça”, entendido como o conjunto de instituições
estatais encarregadas de aplicar a lei e administrar conflitos. Esperamos
receber propostas de pesquisadores que se debrucem sobre o seu funcionamento,
especialmente com foco nas interações em audiências e atos judiciais, nas
moralidades envolvidas, bem como em pesquisas que aportem novas reflexões
metodológicas, descrições empíricas e análises teóricas inovadoras sobre este
campo. Serão aceitos trabalhos por meio dos quais seja possível apreender os
diversos elementos e sentidos do fazer justiça e do fazer judicial a partir dos
pontos de vista dos próprios agentes neles imbricados e por eles afetados.
Trabalhos frutos de etnografias serão priorizados, pensando na intersecção
entre métodos, técnicas e a teoria antropológica para a compreensão do fenômeno
jurídico.
Coordenação: Lênin dos
Santos Pires – UFF e Paula Campos Pimenta Velloso – UFJF
Palavras-chave:
conflitos, segurança pública, justiça, direito, antropologia.
O presente
GT recepcionará trabalhos etnográficos ou que resultem de pesquisas empíricas
cujos objetivos se voltem para processos, procedimentos e rituais presentes nas
rotinas e práticas de administração institucional de conflitos envolvendo
instituições da sociedade, bem como agências estatais de justiça criminal e
segurança pública. Serão priorizados trabalhos que debatam a forma como se
consolidam as relações de poder exercidas pelos diferentes atores envolvidos
nessas dinâmicas. A partir da descrição das práticas presentes na sociedade,
bem como nas burocracias institucionais, objetiva-se discutir como linguagens,
rotinas, hierarquias, moralidades e sensibilidades dessas instituições podem
produzir significados sobre legalidade, justiça e cidadania. Serão recebidas
pesquisas em desenvolvimento ou finalizadas. Estudos que envolvam contrastes
entre dados empíricos e observação em perspectiva comparada, de igual modo,
serão considerados relevantes.
Coordenação: Dominique
Tilkin Gallois – USP e Luis Donisete Benzi Grupioni – Iepé
Palavras-chave: Convenção
169, direito à consulta, protocolos de consulta, diálogo intercultural,
direitos indígenas.
A garantia
da participação efetiva de povos indígenas, quilombolas e comunidades
tradicionais nos processos de decisão do Estado que os afetam diretamente
continua sendo um desafio no Brasil. Apesar dos compromissos assumidos
voluntariamente pelo Estado brasileiro ao ratificar a Convenção 169 da OIT e
aprovar a Declaração da ONU sobre Direitos dos Povos Indígenas, o direito à
consulta livre, prévia e informada é continuamente violado pelos poderes
Executivo e Legislativo e encontra obstáculos no poder Judiciário.
Desconhecimento e interpretações equivocadas quanto aos sujeitos, modos e
efeitos de processos de consulta limitam a efetividade deste direito, enquanto
decisões e programas governamentais são implementados sem a devida escuta das
comunidades afetadas. Reagindo a esse cenário, elas têm elaborado protocolos
autônomos de consulta explicitando suas regras de tomada de decisões e de
representação política. A antropologia e o direito têm aqui um novo campo de
reflexões.
Coordenação: Sara Vieira
Antunes – USP e Ludmilla Cerqueira Correia – UFPB
Palavras-chave: loucura,
manicômios judiciários, sistema de justiça criminal, psiquiatrização, formas de
gestão e contenção.
O objetivo
deste GT é possibilitar debates sobre o encontro entre crime e loucura,
trazendo reflexões que ajudem a compreender o cenário manicomial-prisional
presente no sistema de justiça criminal e em parte das políticas públicas de
saúde mental no Brasil. O encontro visará reunir trabalhos que consigam reunir
métodos e teorias do campo do Direito Penal e da Antropologia, de modo a
fornecer ferramentas analíticas capazes de problematizar a existência e
persistência de espaços manicomiais em instituições prisionais, bem como o
entrelaçamento do poder jurídico e psiquiátrico na gestão e no controle de
populações tidas como indesejáveis e perigosas.
Coordenação: Anahi
Guedes de Mello – UFSC e Katia Regina Cezar – NADIR/USP
Palavras-chave: deficiência,
antropologia do direito, modelo biopsicossocial, lei brasileira de inclusão,
neoliberalismo.
O modelo de
compreensão da deficiência passou do viés estritamente médico para a
perspectiva social, e desta para a noção biopsicossocial. Na perspectiva da
Antropologia do Direito, o modelo biopsicossocial da deficiência implica o
diálogo entre os saberes médicos, psicológicos, antropológicos e jurídicos na
definição da deficiência e em questões como o acesso à justiça e resolução de
conflitos que envolvem pessoas com deficiência. A revogação de dispositivos do
Código Civil pela Lei Brasileira de Inclusão, em decorrência da capacidade
plena das pessoas com deficiência, é outro exemplo dessa interação. O objetivo
deste GT é reunir trabalhos que incorporem: 1) análises críticas sobre o modelo
biopsicossocial na interface entre a Antropologia e o Direito, considerando o
contexto neoliberal atual; ou 2) relatos etnográficos dos discursos jurídicos
que envolvem os direitos das pessoas com deficiência.
Coordenação: Janaína
Dantas Gomes Germano – PUC-CAMP e Guilherme Assis de Almeida – USP
Palavras-chave:
antropologia, direito, ensino, pesquisa, extensão.
O GT
pretende explorar como a antropologia tem sido apropriada no âmbito das
formações jurídicas em seu viés de ensino, pesquisa e extensão. A transformação
dos espaços em sala de aula, a relação de estudantes com sua formação, as novas
tecnologias de ensino têm aberto um novo campo de interface entre antropologia
e direito e ampliado possibilidades dessa interlocução. O GT busca conhecer
experiências em diversas regiões do Brasil, assim como propiciar a formação de
uma arena para o intercâmbio dessas experiências que, em especial, recorram a
parâmetros advindos da antropologia para a compreensão e transmissão do
direito. O objetivo é conhecer e conectar experiências pedagógicas inovadoras
em sala de aula, ou fora dela, que busquem aproximar disciplinas, tais como
oficinas metodológicas, ouvidoria, etnografia individual ou coletiva, clínicas
de direitos humanos, projetos de extensão, construção de jogos, aplicativos,
produção e etnografia de imagens e vídeos, dentre outros.
GT.8 –
Direitos Humanos, afetos e arte: vivências etnográficas e experimentações
artístico-jurídicas
Não consolidado (Edital, item 6.4).
Coordenação: Mariana
Chies Santiago Santos – IBCCRIM/NEV-USP e Rochele Fellini Fachinetto – UFRGS
Palavras-chave: justiça
criminal, juvenil juvenil, raça, gênero, classe.
A atuação
dos atores envolvidos na justiça criminal e juvenil em casos de conflitos de
gênero e as dinâmicas próprias do campo têm se constituído num
frutífero campo de reflexões e pesquisas. Trabalhos na área da antropologia,
sociologia, direito, estudos de gênero e estudos feministas têm explorado os
mais variados espaços da Justiça Criminal e da Justiça Juvenil, contribuindo
para a compreensão de como a construção da categoria gênero, articulada a
outras categorias de análise – marcadores sociais da diferença, por exemplo –,
influenciam as práticas da justiça e são fundamentais para a produção e a
reprodução de relações, na maioria das vezes, assimétricas. Dessa forma, o
presente Grupo de Trabalho propõe um debate sobre as dinâmicas de atuação das
diversas instâncias da Justiça Criminal e Juvenil nos casos de conflitos que
envolvam gênero, raça e classe.
Coordenação: Sabrina
Deise Finamori – a UFMG e Flávio Rodrigo Freire Ferreira – IFRN
Palavras-chave: famílias,
fronteiras, (i)legalidades.
O GT propõe
reunir trabalhos sobre direito de família centrando-se nas fronteiras da
legalidade que perpassam essa temática e abarcando as múltiplas formas de
conjugalidades, parentalidades e práticas de cuidado intergeracionais.
Conferindo continuidade às discussões iniciadas em edições anteriores do Enadir
é nossa intenção trazer ao debate a dimensão normativa do direito de família, mas,
ao mesmo tempo, refletir sobre práticas e configurações familiares que não
necessariamente estão circunscritas às regulações legais, e, ainda, sobre o
modo como as pessoas recorrem às leis e ao aparato estatal para legitimar
situações, que, em princípio, não estavam legalmente previstas. Serão também
bem-vindas reflexões sobre as atuais disputas travadas nos âmbitos legislativo
e jurídico em torno da noção de família bem como suas reverberações na prática
jurídica.
Coordenação: Heloísa
Buarque de Almeida – USP e Regina Facchini – UNICAMP
Palavras-chave: gênero,
sexualidade, direitos, justiça, reconhecimento.
O GT foca a
intersecção entre pesquisas sobre gênero e/ou de sexualidade com a problemática
dos direitos e da justiça. Nos últimos anos, vemos a promulgação de leis e
regulamentações específicas quanto a questões de gênero e/ou de sexualidade.
Essa ampliação de direitos que visam proteger as mulheres e ampliar os direitos
sexuais, no entanto, é também acompanhada pela dificuldade de implementar os
procedimentos e transformar as práticas sociais que ainda discriminam e
naturalizam as desigualdades. O GT incorpora pesquisas que discutem como os
marcadores sociais de gênero e de sexualidade são contemplados no universo das
leis; as disputas por reconhecimento e a produção de leis; em que medida
marcadores interagem com outras relações sociais (como as de classe,
racialização, geração ou territoriais); definições sobre direitos, violências e
crimes; convenções da lei e da prática judicial; ansiedades socioculturais e
regulações morais e jurídicas; aumento de violências, entre outros.
Coordenação: Fernanda
Bittencourt Ribeiro – PUC-RS e Assis da Costa Oliveira – UFPA
Palavras-chave:
antropologia, direitos, crianças, adolescentes, jovens
Em 2019, a
Convenção sobre os Direitos da Criança completa 30 anos. Este documento e
outros marcos normativos dos direitos de crianças, adolescentes e jovens são
referências relevantes para pesquisas, elaboração e implantação de políticas
públicas, debates sociais, disputas pelas representações de infância,
adolescência e juventude e da própria agência dos sujeitos implicados. Neste GT
buscamos reunir pesquisas etnográficas, discussões teóricas e conceituais que
nos aproximem de uma antropologia dos direitos das crianças, dos adolescentes e
das juventudes pensados numa perspectiva plural: etnografias realizadas em
contextos diversos, focadas em mobilizações e controvérsias em torno dos modos
de governo e representação dessas categorias geracionais, assim como nas
múltiplas formas de participação social e agência política destes sujeitos.
Interessa interrogar também reconfigurações descoloniais e o tratamento da
diversidade cultural, sexual, racial e de gênero no marco dos direitos.
Coordenação: Maria Luisa
Scaramella – NADIR/USP e Heloísa Camara – UFPR
Palavras-chave: memória,
antropologia, direito.
Este GT
propõe-se como um espaço de discussão de temas que perpassam a questão da
memória na intersecção da antropologia com o direito. Seus usos variados a
tornam um conceito difícil de delimitar. Para alguns autores, memória mescla-se
com o conceito de cultura, permitindo pensar a continuidade e persistência de
representações, práticas, instituições, ideia esta central na antropologia.
Essa proposta se distancia de um conceito fechado de memória e nos leva à
pergunta: na intersecção da antropologia com o direito, o que fazem os/as
pesquisadores/as quando se debruçam sobre o tema/conceito de memória? A memória
está na base do direito como prova, mas também como horizonte de construção do
que seja direito e justiça. Na antropologia, a memória
está presente tanto nos cadernos de campo como em estudos sobre identidade,
raça, religião, trajetórias, justiça etc. Esperamos propostas que nos permitam
discutir temas que perpassem a memória assim como suas implicações e limites
teórico-antropológicos.
GT.14 –
Os cursos de direito e o acesso de estudantes negros e indígenas à
universidade: desafios ao/no ensino jurídico
Não consolidado (Edital, item 6.4).
Coordenação: Alessandra Teixeira – UFABC, Jania Perla
Diógenes Aquino – UFC e Welliton Caixeta Maciel – UnB
Palavras-chave:
pesquisa empírica, ilegalidades, moralidades, antropologia, direito.
Este Grupo
de Trabalho convida a refletir sobre problemáticas relacionadas ao fenômeno
difuso da violência urbana, promovendo o diálogo entre pesquisas no campo da
Antropologia, do Direito e áreas afins que abordem a temática do crime em suas
mais diversas manifestações, assim como as práticas institucionais associadas
ao controle e à tentativa de normalização de diversas modalidades de ação
criminal, com enfoque nas estratégias dos atores. Serão privilegiados trabalhos
elaborados a partir de pesquisas empíricas, especialmente etnográficas, sobre
as seguintes temáticas: milícias, facções criminosas, drogas, corrupção e
colarinho branco, mercados ilegais, criminalização de manifestações culturais e
de movimentos sociais (marcha da maconha, marcha das vadias etc.), racismo,
aborto, prostituição, tráfico de seres humanos, trabalho escravo, violências
contra defensores de direitos humanos.
Coordenação: Luiz
Eduardo de Vasconcellos Figueira – UFRJ e Regina Lucia Teixeira
Mendes da Fonseca – InEAC/InCT – UFF
Palavras-chave: produção
da verdade, verdade jurídica, decisão judicial.
O GT
pretende construir um espaço de discussão acerca das especificidades da
cultura jurídica brasileira, privilegiando pesquisas de inspiração
etnográfica que demonstrem e analisem o fenômeno jurídico, especialmente as
que tenham como foco questões relacionadas ao sistema jurídico, ao processo
judicial e ao acesso à justiça, descrevendo as práticas judiciárias e a
construção da verdade jurídica. Além disso, este GT enfatiza o emprego de
método comparado e o contraste entre dados empíricos provenientes da
observação de culturas jurídicas diversas, contextualizando a discussão nos
distintos panoramas históricos e culturais, visando ressaltar o contraste
possível entre as concepções, representações e práticas brasileiras e
aquelas oriundas de outros contextos históricos e culturais.
Coordenação: Renata
Medeiros Paoliello – UNESP e Marilene Alberini – USP
Palavras-chave:
políticas de reconhecimento, direitos culturais e territoriais, mediação
intercultural, práticas discursivas, “populações tradicionais".
Este GT
visa acolher pesquisas que versem sobre as relações entre lei e práticas
sociais no âmbito dos processos de reconhecimento de direitos territoriais e
culturais, previstos na Constituição de 1988 e na Convenção 169 da OIT.
Interessa-nos discutir o cenário atual de enfraquecimento e paralisação de tais
processos e seus desdobramentos nas reformulações de estratégias de
enfrentamento pelos beneficiários das políticas de reconhecimento, envolvendo
agenciamentos e reinterpretações de suas normativas. Norteia esta proposta o
enfoque de tais contextos como constituídos por dinâmicas de mediação
prático-discursiva, que delineiam e articulam as disputas pelas definições dos
direitos em causa, na perspectiva da Antropologia e do Direito. Visamos
contemplar trabalhos referidos a um amplo espectro empírico, desde os relativos
aos remanescentes de quilombos, como às terras indígenas, assentamentos rurais
e demais “populações tradicionais” que reivindicam o reconhecimento de seus
direitos.
Coordenação: Michel Lobo
Toledo Lima – InEAC/InCT – UFF e Bárbara Gomes Lupetti Baptista – UVA
Palavras-chave: metodologia
da pesquisa, antropologia do direito, formação do conhecimento, campo,
etnografia.
O presente
grupo de trabalho busca reunir pesquisas que tenham por escopo a reflexão e a
análise de temáticas relacionadas aos rituais judiciários, sistemas de justiça,
etnografias de espaços judiciais ou extrajudiciais, e o fazer de diversas
profissões jurídicas. Almeja-se o desenvolvimento de discussões em perspectiva
descritiva, crítica e reflexiva, sobre a realidade e a atuação dos sujeitos
processuais e dos profissionais do Direito nesses espaços, além de possibilitar
um diálogo interdisciplinar, entre o campo do Direito e o da Antropologia. Também
interessa discutir problemas específicos de pesquisa antropológica aplicada ao
campo do Direito, tais como: formas de delimitação do objeto da pesquisa, o
ingresso em campo e o diálogo entre percepções e abordagens sobre os percursos
das pesquisas e o lugar do pesquisador, além da compreensão do ponto de vista
dos interlocutores do trabalho de campo, os sentidos que atribuem às suas
práticas, e seus os dilemas éticos e morais.
Coordenação: Camila
Silva Nicácio – UFMG e Milton Bortoleto – USP
Palavras-chave: religião,
espaço público, liberdade, intolerâncias religiosas.
O GT
pretende explorar o fenômeno da intolerância e da liberdade religiosas sob
múltiplos aspectos, tais como sua apropriação por atores do campo social, por
instituições responsáveis por mediá-las ou ainda em processos pelos quais elas
são produzidas ou reivindicadas. Espera-se a apresentação de relatos de
experiências que deem conta do desenvolvimento da abordagem jus-antropológica
da intolerância e liberdade religiosas como uma dimensão essencial à
efetividade dos direitos humanos, em um contexto de dinamização da religião no
espaço público. O GT busca desvelar o “estado da arte” de tais abordagens em
diversas regiões do Brasil, assim como propiciar a formação de uma arena para o
intercâmbio dessas experiências. Serão privilegiadas iniciativas que aprofundem
o diálogo entre antropologia e direito por meio, sobretudo, do recurso a
parâmetros metodológicos e epistemológicos advindos da antropologia, tais como
a pesquisa de campo e a relativização de verdades pré-estabelecidas.
Coordenação: Carlos
Eduardo Amaral de Paiva – UFMT e Diego da Costa Vitorino – UNESP
Palavras-chave:
patrimônio cultural, memória social, identidade, antropologia, direito.
Nas
Ciências Sociais, patrimônio cultural refere-se a um conjunto de bens, saberes
e expressões culturais que remetem tanto a uma ideia de tradição, quanto a uma
memória histórica e coletiva. De modo geral, a configuração de um patrimônio
cultural é fundamental para a construção e legitimação de identidades sociais.
O processo de reconhecimento de um patrimônio cultural como expressão de uma
identidade social é perpassado por uma infinidade de tramitações jurídicas e
processuais, estabelecidas entre grupos sociais e diversos agentes
governamentais, estabelecidas no âmbito dos projetos e políticas culturais
contemporâneos. Sendo o patrimônio cultural uma estratégia de luta por direitos
e representações simbólicas, este GT se interessa por pesquisas que abordem: 1)
processos de salvaguarda de bens culturais; 2) explicitem o patrimônio como
manifestação do direito à identidade e à diversidade cultural; 3) a preservação
e a valorização das histórias dos grupos subalternizados.
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