NADIR


O Núcleo de Antropologia do Direito foi nomeado NADir tanto em razão de suas iniciais quanto em função de alguns significados da palavra que, por exemplo, além de ser um nome próprio comum de dois gêneros, em astronomia designa o ponto inferior da esfera celeste (o que está abaixo dos pés de um observador, oposto ao zênite). Em hebraico e em árabe nadir significa “raro”. Como nomear é criar, o NADIR tenta ser um lugar não óbvio (embaixo, oposto) e, por isso mesmo, raro para pensar as múltiplas interfaces existentes e possíveis entre antropologia e direito.
A missão do Núcleo é acolher pesquisadores(as), de diversos níveis de formação, cujos temas de interesse transitem pela área denominada antropologia do direito, permitindo-lhes trocar ideias, incrementar leituras, enriquecer e criar projetos e, nessa medida, fortalecer a própria área que, no Brasil, encontra-se em franca expansão.
Um dos principais objetivos do NADIR é manter seus membros em contato frequente (reuniões quinzenais) de modo a criar situações de troca coletiva.
Também são metas primordiais do NADIR: fomentar a divulgação de trabalhos de seus membros em publicações e encontros científicos; estabelecer interlocuções e parcerias com colegas de outras instituições (acadêmicas e jurídicas) e criar uma tradição de encontros bianuais (ENADIR – Encontro de Antropologia do Direito) para que o conjunto dos(as) que se reconhecem como produtores(as) e colaboradores(as) de reflexões no campo da antropologia do direito estabeleçam contato presencial.
Suas cinco linhas de pesquisa são:
1. Antropologia da jurisprudência e de narrativas de violência – Relações entre violência, autoridade e linguagem em discursos referentes a situações institucionais hierárquicas em que são definidos procedimentos de exclusão social. A partir da antropologia, filosofia do direito e teoria da narrativa, episódios narrados em textos e/ou imagens podem ser analisados a fim de se perceber sua polissemia e como as posições institucionais dos envolvidos determinam aspectos linguísticos (vocabulário, sintaxe, organização discursiva) e ético-ideológicos.
2. Antropologia e Direitos Humanos – Tensões entre universalismo e relativismo cultural, percepções locais acerca de tratados internacionais, tanto do ponto de vista de Estados Nacionais quanto de outros agentes e agências, bem como embates entre significados culturais envolvidos em conceitos como direitos, justiça e dignidade da pessoa humana.
3. Demandas por reconhecimento de direitos e acesso à justiça – Trabalhos antropológicos que exploram mecanismos sociojurídicos de produção de diferenças por meio de categorias como gênero, raça/etnia, idade, poder socioeconômico. Temáticas referentes à equidade, à regulamentação jurídica de identidades, de direitos coletivos e de formas de acesso à justiça.
4. Profissionais e profissões do direito e dos sistemas de justiça – A partir de um prisma antropológico, perfis, trajetórias e atuações de pessoas que se graduam/ pós-graduam em direito e/ou trabalham em profissões dos sistemas de justiça criminal ou cível, tais como cartorários, membros das polícias, magistrados, membros do ministério público, advogados etc.
5. Sistemas de justiça criminal e criminologia – Reflexões sobre o sistema de justiça criminal e o sistema voltado para crianças e adolescentes em conflito com a lei. Ênfase em trabalhos etnográficos que privilegiam discussões sobre violência policial, ritual judiciário, formas de institucionalização de conflitos e de aplicação de penas, políticas de segurança pública, aplicação de medidas socioeducativas etc.

O NADIR teve início em uma reunião datada de 14 de março de 2008, ano em que houve outras 17 reuniões.
Em 2009 também houve 18 reuniões. Foi realizado o I ENADIR (Encontro Anual de Antropologia do Direito), financiado pela CAPES e por Pró-Reitorias da USP e foi concluída a pesquisa "Direitos Humanos - Percepções dos alunos da E. E. Antonio Adib Chammas (Santo André/ SP)".
Em 2010 foram 20 as reuniões quinzenais e estabeleceram-se trocas com a Université d'Ottawa/ Canadá e com o LAJP - Laboratoire d'Anthropologie Juridique de Paris.
Em 2011, além de 17 reuniões, foi realizado o II ENADIR, também financiado pela CAPES e por Pró-Reitorias da USP. O NADIR associou-se ao NEV (Núcleo de Estudos da Violência da USP) para a execução do Projeto "Sujeitos, Discursos e Instituições", vigente até março de 2016.
Em 2012 foi concluída a pesquisa "Direitos Humanos - Percepções dos alunos da E. E. Antônio Inácio Maciel (Taboão da Serra/ SP)”. Realizaram-se 18 reuniões além de outras 10 em conjunto com pesquisadores do NEV-USP.
Em 2013 o NADIR e o LAJP tiveram aprovada sua parceria no Programa USP-COFECUB (até dezembro de 2014) e foi concluída a pesquisa "Direitos Humanos - Percepções dos alunos da E. de Aplicação da USP (São Paulo/ SP)”. Foi realizado o III ENADIR.
Em 2014 houve 17 reuniões e foram sistematizadas as 3 edições da pesquisa sobre Direitos Humanos nas escolas.
Em 2015 houve 19 reuniões, realizou-se o IV ENADIR e foi renovada a parceria com o LAJP (USP-COFECUB).
Em 2016 foram 17 as reuniões e concluiu-se, em dezembro, a parceria NADIR-LAJP.
Em 2017 houve 14 reuniões, sem contar as preparatórias para o V ENADIR. Graças a uma parceria com o Instituto Pro Bono, desenvolveu-se a pesquisa Audiências de Custódia e Advocacia Pro Bono: reflexões a partir de etnografias de interações entre atores judiciais. Ocorreram novas trocas com a Université d'Ottawa/ Canadá e foi oferecido, por pesquisadores do grupo, o curso de difusão Métodos consensuais de administração de conflitos: introdução à mediação e à justiça restaurativa (30h).
Em 2018 foi reeditado o curso de difusão com o título Práticas Consensuais de Gestão de Conflitos (18h) e ocorreram 19 reuniões.
A previsão para 2019 é que o grupo se reúna 17 vezes, à parte os trabalhos preparatórios para o VI ENADIR.



Frequentadoras(es) das reuniões quinzenais no 1º sem. 2019 = 23
Maiores titulações em junho de 2019
Links para o Currículo Lattes
Amanda Castro Machado
Mestranda em Direito (PUC-MG)
Ana Caroline Bonfim Pereira
Mestre em Antropologia (USP)
Ana Lúcia Pastore Schritzmeyer *
Doutora em Antropologia (USP)
Docente (USP). Coordenadora do NADIR
Ana Theresa Moraes Rodrigues
Graduada em Direito e em Ciências Sociais (USP)
Beatriz Rossi Martin
Graduanda em Ciências Sociais (USP)
Bruna Angotti *
Doutora em Antropologia (USP)
Docente (UPM)
Caio Ferrari de Castro Melo
Mestrando em Direito (USP)
Camila Silva Nicácio *
Doutora em Direito (Paris I)
Docente (UFMG)
Fernanda Rocha Moraes
Graduada em Direito (UPM). Especialista em Direitos Difusos e Coletivos (ESMP-SP)
Fernando Henrique de Freitas Simões
Graduado em Direito (USP)
Haudrey Aparecida Ferragonio
Graduada em Direito (FIEO). Especialista em Polícia Judiciária e Sistema de Justiça Criminal  (CESPC)
Janaína Dantas Germano Gomes *
Doutoranda em Direito (USP)
Docente (PUC-Campinas)
João Gilberto Belvel Fernandes Júnior
Mestrando em Direito (USP)
Kátia Regina Cezar
Doutora em Direito (USP)
Lúcia Mendes Miguez
Graduanda em Ciências Sociais (USP)
Marcos Filipe Ratte Claro
Graduando em Ciências Sociais (USP)

Maria Luísa Scaramella
Doutora em Ciências Sociais (UNICAMP)
Marilene Alberini
Doutoranda em Antropologia (USP)
Nicole Pereira Loures de Moraes
Graduanda em Ciências Sociais (USP)
Renata Medeiros Paoliello *
Doutora em Antropologia (USP)
Docente (UNESP-Araraquara)
Sara Vieira Antunes
Doutoranda em Antropologia (USP)
Sebastião Lisboa de Andrade Rinaldi
Graduado em Comunicação Social (UniBH)
Tatiana Santos Perrone
Doutoranda em Antropologia (UNICAMP)

Colaboradoras(es) = 5
Maiores titulações em junho de 2019
Links para o Currículo Lattes
Ana Gabriela Mendes Braga *
Doutora em Direito (FDUSP)
Docente (UNESP-Franca)
Ana Luiza Villela de Viana Bandeira *
Mestre em Antropologia (USP)
Carmen Silvia Fullin *
Doutora em Antropologia (USP)
Docente (FDSBC)
Homero Moro Martins
Doutor em Antropologia (USP)
Juliana Tonche *
Doutora em Sociologia (USP)
Pós-doutoranda (UFBA)
* - 9 docentes



PERFIL GERAL DA EQUIPE (frequentadoras/es + colaboradoras/es) – 1º semestre de 2019
Maior titulação
Sexo
Área de maior titulação
Vínculo atual com
Totais
Masc.
Fem.
Direito
C. Sociais
Outras
a USP
outras instituições
Graduandas/os
1
3
-
4
-
4
-
4
9
Graduadas/os
2
3
4
-
1
2
3
5
Mestrandas/os
2
1
3
-
-
2
1
3
5
Mestres (acad.)
-
2
-
2
-
1
1
2
Doutorandas/os
-
4
1
3
-
3
1
4
14
Doutoras/es
1
9
3
7
-
3
7
10
Totais
6
22
11
16
1
15
13
28
28
28
28

A equipe de frequentadoras(es) e colaboradoras(es) do NADIR no 1º semestre de 2019 é majoritariamente composta por pessoas do sexo feminino (79%) e conta especialmente com pesquisadoras(es) que cursaram ou cursam uma pós-graduação (66%). O grupo está bem equilibrado entre pessoas atualmente vinculadas à USP (55%) e a outras instituições (45%), assim como tituladas em áreas das ciências sociais (55%) e em direito (41%).

São consideradas(os) colaboradoras(es) das reuniões quinzenais ex-frequentadoras(es) que, em razão de demandas profissionais, prosseguem contribuindo com o grupo à distância.

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